A delação premiada de Ronnie Lessa, homologada pelo STF nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco, trouxe novos desdobramentos ao caso. Segundo as informações divulgadas, Lessa teria entregue detalhes sobre os mandantes e as circunstâncias do assassinato, apontando para a participação de um grupo político poderoso no Rio de Janeiro. Este grupo teria interesses diversos em setores do Estado.
Em decorrência da delação, a defesa do réu acusado de matar Marielle Franco anunciou que vai abandonar o caso. Os advogados Fernando Santana e Bruno Castro, responsáveis pela defesa de Lessa em 12 processos, afirmaram em nota que não atuam para delatores por "ideologia jurídica". Eles deixaram claro desde o início que não defenderiam Lessa caso ele optasse por fazer um acordo de delação premiada. Como não foram chamados por ele para participar do processo de delação, decidiram renunciar ao mandato em todos os processos que atuavam para Lessa.
Este desenvolvimento marca uma mudança significativa no panorama do caso, com implicações importantes para as investigações em andamento e para os desdobramentos judiciais futuros. A delação de Lessa pode abrir novas linhas de investigação e colocar em xeque figuras poderosas do cenário político do Rio de Janeiro.