O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela confirmou nesta sexta-feira (2) a vitória de Nicolás Maduro na eleição, com 51,95% dos votos, contra 43,18% de Edmundo González, conforme apuração de 96,87% das atas.
O presidente do Conselho é um aliado de Maduro, e o anúncio ocorre após Estados Unidos, Argentina e Uruguai terem declarado González como vencedor.
A oposição, por sua vez, apresenta contagens paralelas que indicam uma vitória de González com 67% dos votos, em contraste com 30% para Maduro. Eles exigem a divulgação das atas completas, enquanto os três países mencionados reiteram a vitória do candidato oposicionista.
O Centro Carter, que observou a eleição, afirmou que o processo não atendeu aos padrões internacionais e que a autoridade eleitoral demonstrou um claro viés a favor de Maduro.
A Suprema Corte venezuelana iniciou uma auditoria dos resultados e convocou todos os candidatos presidenciais para uma sessão no tribunal, que começou às 15h15 (horário de Brasília). Edmundo González não compareceu à sessão e, juntamente com Corina Machado, enfrenta ameaças de prisão, que foram sugeridas por Maduro durante a semana.
A apuração foi interrompida no domingo (28) e, de acordo com o CNE, a contagem final é a seguinte:
• Nicolás Maduro: 51,95% (6.408.844 votos)
• Edmundo González: 43,18% (5.326.104 votos)
O CNE informou que 96,87% das atas foram apuradas, com uma participação de 59,97%.