A cerimônia ocorreu na Mesquita Imam Muhammad ibn Abd al-Wahhab, a mesquita nacional do Catar, e contou com a presença de figuras como Khaled Meshaal, indicado como o novo líder do grupo terrorista, outros altos funcionários do Hamas e o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani.
O caixão de Haniyeh, coberto pela bandeira palestina, foi carregado na mesquita junto com o caixão de seu guarda-costas, que também foi morto no mesmo ataque. Ele será enterrado em um cemitério na cidade de Lusail, ao norte de Doha.
Por telefone, enquanto participava do funeral, o alto funcionário do Hamas Sami Abu Zuhri fez ameaças a Israel à Reuters: "Nossa mensagem hoje é que vocês estão afundando profundamente na lama e seu fim está mais próximo do que nunca. O sangue de Haniyeh mudará todas as equações."
Irã e Hamas acusam Israel de ser responsável pelo assassinato e prometeram retaliar contra seu inimigo. O governo israelense não assumiu a responsabilidade pela morte nem negou a acusação.
Na quarta-feira, horas antes de ser assassinado, a transmissão televisiva da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, registrou as últimas palavras de Ismail Haniyeh ao líder supremo iraniano, aiatolá Ruhollah Ali Khamenei. "É Alá quem dá a vida e causa a morte. E Alá é onisciente de todas as ações. Se um líder sai, outro surgirá," disse ele, em árabe, citando um verso do Alcorão.
Nesta quinta-feira (1º), outra cerimônia fúnebre foi realizada para Haniyeh em Teerã, no Irã, onde ele foi morto, e também foi marcada por protestos e promessas de vingança.