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Ceará

15 cidades da Chapada do Araripe no CE terão áreas reflorestadas até 2026 para conter crise do clima

Projeto acontece simultaneamente em três estados com ações para melhora da qualidade do ar, a recuperação de áreas degradadas e a proteção de recursos hídricos

Publicada em 01/10/24 às 16:24h - 19 visualizações

Renan Feitosa / Rede Mult de Comunicação


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15 cidades da Chapada do Araripe no CE terão áreas reflorestadas até 2026 para conter crise do clima
Chapada do Araripe é considerada uma \"caixa d´água\" pela abundância de nascentes e capacidade de absorção de água  (Foto: Candice Ballester / IphanRede Mult de Comunicação)
Um projeto que visa reflorestar 500 hectares na Chapada do Araripe, envolvendo 15 cidades no Ceará, além de municípios em Pernambuco e Piauí, está em andamento com o objetivo de melhorar a qualidade do ar, recuperar áreas degradadas e proteger recursos hídricos. Com 1,2 milhão de árvores nativas a serem plantadas até 2026, as ações de conservação começaram há dois anos, em resposta à ameaça de desertificação na região.

A primeira fase do projeto incluiu a mobilização de proprietários, parcerias com nove instituições, capacitações e a identificação de 30 propriedades para a implantação de agroflorestas, além do mapeamento de mais de 30 nascentes.

Os recursos para a continuidade da iniciativa estão assegurados, focando em áreas afetadas pelo desmatamento e queimadas, comuns devido ao manejo de fogo para a agricultura e pastagem. A Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe abrange 972.605,18 hectares e é considerada a maior bacia sedimentar do interior do Nordeste, recebendo o título de “caixa d’água do semiárido” por suas inúmeras nascentes e capacidade de absorver água da chuva.

A Rede de Conservação e Restauração da Chapada do Araripe, liderada pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), está promovendo ações apoiadas pelo Fundo Socioambiental da Caixa Econômica. As metas incluem:

- Restauração florestal de 500 hectares;
- Implantação de 30 sistemas agroflorestais;
- Capacitações;
- Estruturação de mercados locais de sementes e mudas de espécies nativas, entre 2022 e 2026.

O projeto também busca engajar comunidades tradicionais nas demandas das atividades. O grupo estima que mais de 30 mil pessoas serão beneficiadas direta e indiretamente, com as propriedades principalmente dedicadas à produção de alimentos como mandioca, feijão, milho, pequi e banana, além da pecuária e da apicultura.

Joaquim Freitas, coordenador da iniciativa, menciona que o Cepan já reflorestou 100 hectares na região em 2020 e, em 2022, começou a recuperação de áreas maiores. Ele afirma: "Agora a gente quer ganhar escala nessas ações de capacitação, principalmente, conseguindo envolver a comunidade tradicional e agricultores no processo de restauração para internalizar essas práticas no dia a dia."

Além do trabalho com proprietários, o projeto visa gerar recursos para a comunidade através da coleta de sementes nativas e produção de mudas para reflorestamento. Algumas das espécies nativas incluídas no projeto são:

- Jatobá (Hymenaea courbaril L.): Alimentícia, Medicinal
- Pau-d’óleo (Copaifera langsdorffii Desf.): Medicinal
- Aroeira (Astronium urundeuva): Medicinal
- Angico (Anadenanthera cf. colubrina): Madeireiro, Medicinal, Melífero
- Jacarandá-violeta (Ducke): Madeireiro, Melífero, Ornamental
- Jucá (Libidibia ferrea): Celulose, Forrageiro, Madeireiro
- Jurema-preta (Mimosa tenuiflora): Cosmético, Forrageiro
- Umbú (Spondias tuberosa): Alimentício, Artesanal, Madeireiro
- Mandacaru (Cereus jamacaru DC): Alimentício, Forrageiro
- Timbaúba (Enterolobium contortisiliquum): Artesanal, Forrageiro, Madeireiro

Além do plantio, o projeto implementa sistemas agroflorestais que visam reduzir o impacto da agricultura tradicional no meio ambiente e melhorar a segurança alimentar da população, combinando árvores ou arbustos de maneira planejada para diversificar a produção e proteger o solo.



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