O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está próximo de anunciar a nova titular do Ministério dos Direitos Humanos, substituindo o ex-ministro Silvio Almeida. A escolha deve priorizar uma mulher negra com experiência política, marcando uma mudança significativa em relação ao perfil de Almeida, que era um acadêmico e especialista em Direito, sem experiência prévia em cargos públicos.
Atualmente, o nome mais cotado é o da deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG). Outros nomes considerados incluem a ex-ministra Nilma Lino Gomes e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), todas com trajetória consolidada na vida pública.
O diretório estadual do PT de Minas Gerais está pressionando para ter uma representante no governo federal, e os três nomes foram apresentados a Lula pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, no último fim de semana.
A Secretária Nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, também é cogitada, porém sua nomeação é vista como menos provável devido à forte pressão do PT para que o ministério seja ocupado por uma de suas lideranças.
Silvio Almeida, conhecido por sua expertise em Direitos Humanos, havia superado objeções similares no início do governo, mas as recentes acusações de assédio sexual resultaram em sua saída da pasta.
Fontes próximas ao presidente indicam que a nomeação de uma nova ministra deve ocorrer em breve, como parte de uma estratégia para superar as recentes controvérsias e reforçar a representatividade feminina no primeiro escalão do governo. A escolha de uma mulher negra para o cargo é vista como uma resposta ao desgaste enfrentado pelo governo nos últimos dias.
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que está atualmente no Catar para o Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, também pode influenciar a decisão final. Ela retornará a Brasília nos próximos dias e tem interesse na área dos Direitos Humanos.