Na tarde da última sexta-feira (26), as forças armadas da Venezuela interditaram a passagem terrestre em Pacaraima, no estado do Amazonas. A medida radical do chefe de governo venezuelano também foi imposta à fronteira com a Colômbia. Não obstante, aeronaves e embarcações foram bloqueadas de adentrar territórios aéreos e aquáticos, respectivamente.
O anúncio do isolamento foi veiculado pelos meios de comunicações oficiais do governo chavista. Por preocupação com a escalada de tensões entre os países, o exército brasileiro também reforçou a segurança na fronteira com o país vizinho.
Sem mencionar os países envolvidos, o comandante das Forças Armadas da Venezuela, Hernández Lárez, chocou a todos ao divulgar nas redes sociais um trecho do documento que ordena o fechamento das fronteiras.
"É simplesmente incrível: o fechamento das fronteiras para qualquer movimento de pessoas, seja por terra, ar ou mar, assim como a passagem de veículos, começará a partir de doze horas e um minuto antes da meia-noite (00h01) de sexta-feira, 26 de julho de 2024, e se estenderá até oito horas antes da meia-noite (08h00) de segunda-feira, 29 de julho de 2024! A medida é ostensivamente drástica, com o objetivo de proteger a integridade das fronteiras e evitar qualquer atividade suspeita que possa ameaçar a segurança nacional durante as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024", destaca o texto, deixando todos atônitos.
A região está se preparando para um domingo eleitoral (28/7) envolto em tensão social e política. Maduro chegou a declarar que o país pode estar à beira de um "banho de sangue" caso não consiga vencer as eleições.